Quem é Madre Clélia?

Madre Clélia Merloni, nasceu em Forli, norte da Itália, aos 10 de março de 1861 e foi batizada no mesmo dia. Com apenas 3 anos de idade, perde a mãe, em 1864. A família se refaz e em 09 de julho de 1866, o pai casa-se novamente com Maria Joana Boeri que a educou na fé, nos princípios cristãos, juntamente com a avó materna. Em 1872, Clélia recebe o sacramento da crisma.
Clélia foi crescendo dotada de muitos dons: inteligente, corajosa, generosa, entusiasta; deixando amadurecer no seu coração, a semente da vocação. Em 1884, ingressa no
noviciado das Irmãs de Nossa Senhora das Neves e passa a ser chamada de Ir. Albina, mas volta para sua família por problemas de saúde. Em 1888, insistindo no desejo de ajudar os mais pobres, Clélia, com a ajuda do pai, abre um orfanato para meninas em Nervi, que acaba tendo que fechar no ano seguinte. Clélia não desiste do seu sonho e, em 1892, entra na Congregação das Filhas de Santa Maria da Providência, em Como, e é recebida pelo Beato Luigi Guanella. No ano seguinte, contrai tuberculose e, estando à beira da morte é curada milagrosamente. Neste fato, sente a inspiração de fundar uma obra dedicada ao Coração de Jesus com pessoas prontas para fazer o bem aos pobres, órfãos, idosos.
Com 33 anos de idade, aos 30 de maio de 1894, é apresentada oficialmente ao povo da Igreja de São Francisco, em Viareggio, norte da Itália, com mais uma companheira, dando início ao Instituto das Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus. Logo, outras jovens a seguem, dedicando-se ao serviço de órfãs e idosas abandonadas, à educação das meninas, à catequese e cuidado com a decoração da Igreja. Rapidamente os espaços ficam pequenos, necessitando de espaços maiores. Seu pai ajudava, financiando tais atividades. Mas Joaquim Merloni, pai de Clélia, embora fosse um homem muito generoso, estava longe de Deus. Clélia rezava constantemente pedindo por sua conversão. Suas preces foram atendidas e no dia 27 de junho de 1895, mês dedicado ao Coração de Jesus, seu pai vem a falecer a após confessar-se e receber a Eucaristia e a Unção dos Enfermos.
Com a morte do pai, vem o desastre financeiro causado por um administrador desonesto. As Apóstolas foram obrigadas a abandonar muitas obras e também Viareggio. Neste período, para manter as obras, que eram de Deus, muitas Apóstolas pediram esmolas.
Em 1899, Clélia conhece o bispo de Piacenza, Dom Scalabrini, que vem em auxílio na nascente congregação, ajudando financeiramente Clélia e suas irmãs. Em 1900, Dom Scalabrini recebe os votos de Clélia e outras 11 irmãs, oficializando a obra começada. No mesmo ano, envia as primeiras Apóstolas para o Brasil a pedido de Dom Scalabrini. Chegam em São Paulo e Curitiba.
Madre Clélia passou por várias provações e dificuldades, começa a ser alvo de fofocas e perde o título de Madre Geral em 1904. No ano seguinte, volta a exercer a função, mas em 1911, as calúnias novamente levam à sua destituição, sendo eleita Madre Geral a Madre Marcelina Viganó.
Devido a tantas críticas e divisões, pensando em fazer o melhor para que o Instituto cresça, Madre Clélia resolve se retirar. Permaneceu de 1916 a 1928 atuando fora do Instituto, mas mantendo sua fidelidade a Deus e servindo aos mais necessitados. Sempre pensa em suas filhas espirituais. Reza por elas, escreve cartas e aumenta sua confiança no Coração Jesus.
Finalmente, em 1928, já com a saúde bastante enfraquecida, Clélia pode voltar à sua Congregação, onde passará os últimos anos de sua vida intensificando sua vida de oração e amor à Eucaristia. Madre Clélia rezava diante de Jesus no Sacrário e cuidava para que a lamparina nunca se apagasse. Assim ela rezava: “Quero que minhas filhas sejam como lamparinas ardentes de amor e de zelo diante de Jesus”.
Em 21 de novembro de 1930, Clélia morre em Roma.
Sua vida revela a confiança ilimitada no Coração de Jesus, amor, bondade, ternura, perdão, zelo, ardor, coragem, fortaleza, humildade...
Ela ensina: “Empenhai-vos... de todo coração, a fazer tudo com a máxima perfeição, vendo a imagem de Deus no próximo, seja ele quem for: nos pobres nos doentes; mesmo nas pessoas cheias de defeitos, que por este motivo se tornarão aos vossos olhos objeto de vossa mais terna simpatia, até sentires alegria de pagar o mal com o bem, de suportar tudo, de tudo perdoar, de amar sempre, mesmo quando fordes odiada pelos outros”.
Hoje as Irmãs Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus e todas as pessoas que conhecem Madre Clélia sabem que ela, do céu, as abençoa com cem corações, pois Madre Clélia sempre que escrevia às Irmãs, finalizava suas cartas com uma bênção especial. Certa vez ela disse:
 “Eu vos abençoo com cem corações”

“Fecho-vos no Coração de Jesus com uma dupla chave”

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